Década dos Oceanos
A I Mostra Nacional de Criptoarte - Década dos Oceanos, elege este tema de acordo com a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em favor dos oceanos. No período entre 2021 e 2030, a ciência oceânica e os organizadores para o desenvolvimento sustentável ressaltam a importância de novos aplicativos, serviços, mecanismos e filtros que enderecem o esclarecimento dos problemas globais da Década dos Oceanos ao grande público on-line e presencialmente.
Apresentando um sentido universalmente crítico a partir da criação de obras temáticas voltadas à sobrevivência dos litorais, o grupo aqui reunido de artistas participantes naitinerância em São Paulo com seus 18 trabalhos de arte, que através de suas pesquisas em arte, ciência e tecnologia, tenta transformar o assunto protagonista da exposição em um libelo acerca dos urgentes e difíceis desafios dos mares.
Um acontecimento emblemático circunscrito à realidade de conscientização planetária na década dos oceanos foi a anunciação na COP 26, em Glasgow 2021, do desaparecimento de Tuvalu, um país insular de constituição independente, situado na Polinésia, Oceano Pacífico. Um arquipélago vulcânico formado por 3 ilhas de corais e 6 atóis, com uma área de 26 km2, população de aprox. 12.000 habitantes, e que está sucumbindo gradualmente devido a elevação do nível do mar ocasionada por efeitos severos da mudança climática. Enfrentando sua extinção, em 2022 tornou-se a 1a nação digital existente no metaverso.
Em consideração às drásticas alterações ambientais do clima, os trabalhos de arte em exibição mantém o foco nas prioridades da vida marinha e suas observações oceanográficas, unindo esforços para representar esteticamente tentativas de reversão do ciclo de declínio na saúde dos oceanos. Ao se propor a divulgação de imagens de alerta sobre a redução da poluição e a conservação da biodiversidade e ecossistemas marinhos, marcam presença na I Mostra Nacional de Criptoarte, às vezes no modo phygital, um conjunto de aspectos poéticos e de denúncia em relação a preservação das marés, temperatura, correntes e paisagens marítimas, das mutações e ilhas de lixo geradas por microplásticos, dos recifes de corais, do cabeamento submarino excessivo, dos terríveis processos de mineração e extrativismo (deep-sea mining), prevenção aos desastres naturais como tsunamis, acidentes ecológicos como vazamentos de petróleo e igualmente à respeito do acolhimento de populações de refugiados climáticos humanos e não-humanos.
Embora os NFTs tenham passado a existir simploriamente desde meados dos anos 2010, foi durante o auge do segundo momento de crise da pandemia de COVID-19 que a blockchain foi assimilada culturalmente por um sistema de arte local que se encontrava paralisado. Neste contexto, compõem coletivamente o panorama da I Mostra Nacional de Criptoarte, trabalhos de artistas que também são teóricos, docentes e pesquisadores, - e que vem garantindo desde os anos 1980-90 um lugar internacional para a arte e tecnologia do Brasil. Se de um lado há reconhecidos artistas provenientes do atual circuito de arte contemporânea, de outro, situam-se jovens artistas em projeção, - e todos sem exceção, já tendo lançado previamente obras em distintos marketplaces de NFTs..
Marcio Harum
Curador
Ocean Decade
The 1st National Cryptoart Exhibition - Ocean Decade, selects this theme in line with the initiative of the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO), advocating for the oceans. From 2021 to 2030, ocean science and the organizers for sustainable development emphasize the importance of new apps, services, mechanisms, and filters that address the clarification of global problems of the Ocean Decade to the broad public both online and in person.
Presenting a universally critical sense through the creation of thematic works focused on the survival of coastal areas, the group of participating artists gathered here travels in São Paulo with their 18 artworks. Through their research in art, science, and technology, they attempt to transform the subject matter of the exhibition into a manifesto about the urgent and difficult challenges of the seas.
A symbolic event confined to the reality of planetary awareness in the Ocean Decade was the announcement at COP 26, in Glasgow 2021, of the disappearance of Tuvalu, an independent island nation in Polynesia, Pacific Ocean. This volcanic archipelago consists of 3 coral islands and 6 atolls, covering an area of 26 km2, with a population of approximately 12,000 inhabitants, and is gradually succumbing due to sea level rise caused by severe effects of climate change. Facing its extinction, in 2022 it became the first existing digital nation in the metaverse.
Considering the drastic environmental changes in the climate, the artworks on display maintain a focus on the priorities of marine life and oceanographic observations, uniting efforts to aesthetically represent attempts to reverse the cycle of decline in ocean health. By proposing the dissemination of warning images about pollution reduction and the conservation of biodiversity and marine ecosystems, they make their mark at the 1st National Cryptoart Exhibition, sometimes in a phygital mode, featuring poetic and denunciatory aspects regarding the preservation of tides, temperature, currents, and marine landscapes, the mutations and islands of trash generated by microplastics, coral reefs, excessive submarine cabling, the terrible processes of deep-sea mining and extraction, prevention of natural disasters like tsunamis, ecological accidents such as oil spills, and also concerning the accommodation of human and non-human climate refugee populations.
Although NFTs have existed simply since the mid-2010s, it was during the peak of the second wave of the COVID-19 pandemic crisis that blockchain was culturally assimilated by a then-stagnant local art system. In this context, the panorama of the 1st National Cryptoart Exhibition collectively comprises works of artists who are also theorists, educators, and researchers, - and who have been securing an international place for Brazilian art and technology since the 1980s-90s. On one side are recognized artists from the current contemporary art circuit, and on the other, emerging young artists, - all without exception, having previously released works on various NFT marketplaces.
Marcio Harum Curator